Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira (20/1), cumpre mandato de busca e apreensão na casa de homem envolvido em atos de violência e depredação do patrimônio público na capital federal
A primeira fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (20/1), mira oito pessoas acusadas de financiarem e participarem dos atos de violência e depredação do patrimônio público, em Brasília, em 8 de janeiro. Essas pessoas são alvos de mandados de busca e apreensão da PF.
Um dos alvos já preso é Randolfo Antônio Dias, detido no bairro Luxemburgo, Zona Sul de Belo Horizonte. Ele foi conduzido por agentes da PF para a sede da Superintência na capital. Segundo as investigações, ele participava do acampamento em frente à 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, na Zona Oeste da capital, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra o resultado das eleições presidenciais.
Randolfo Antônio Dias enviava áudios em grupos de mensagens desejando a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, além de incitar ações ilegais.
O outro é Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, que incitava os atos e pedia dinheiro para a realização deles nas redes sociais.
Ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a operação também expediu 16 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos nos seguintes locais:
Distrito Federal: 5 de busca e apreensão e 2 prisões
Goiás: 1 busca e apreensão
São Paulo: 7 busca e apreensão e 3 prisões
Rio de Janeiro: 1 busca e apreensão e 1 prisão
Minas Gerais: 1 busca e apreensão e 1 prisão
Mato Grosso do Sul: 1 busca e apreensão e 1 prisão
Investigação
Os alvos da primeira fase da operação Lesa Pátria da PF são investigados pelos seguintes crimes:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição;
deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Segundo a Polícia Federal, as investigações continuam numa ação permanente. Caso alguém tenha informações sobre pessoas que incitaram os ataques em Brasília no último dia 8, encaminhe a identificação para o e-mail: denuncia8janeiro@pf.gov.br.
Extraído do Jornal O TEMPO