A partir de 3/11, poderão ser imunizados jovens de 16 a 30 anos, estudantes universitários e técnicos e profissionais de saúde e da educação
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou,
nesta quarta-feira (26/10), a ampliação do público-alvo para imunização com a
vacina Meningocócica C. A partir do dia 3/11, poderão ser vacinados contra a
meningite jovens de 16 a 30 anos, estudantes e, sem limite de idade,
professores e trabalhadores da educação superior e profissionais de saúde.
“A meningite C é uma doença que podemos prevenir por meio da vacinação.
Portanto, não podemos abrir mão de vacinar. Seguimos agora com duas metas:
alcançar 95% de imunização entre as crianças de 1 anos de idade e imunizar este
novo público”, disse o secretário de Estado de Saúde, o médico
Fábio Baccheretti.
O imunizante estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do estado,
para a faixa etária ampliada, até fevereiro de 2023.
A vacina meningocócica C (Conjugada) está contemplada no Calendário Nacional de
Vacinação e é recomendada aos 3 e 5 meses de vida e um reforço
com 1 ano de idade. Além disso, atualmente, também está disponível para
adolescentes de 11 e 14 anos.
A doença
A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis
(meningococo) e se caracteriza por ser uma infecção das membranas que recobrem
o cérebro. A vacinação é a principal maneira de prevenir a doença. As vacinas
são seguras e eficazes, protegendo as pessoas contra a doença.
O sorogrupo de meningococo mais frequente no Brasil é o C, razão pela qual a
vacina foi incluída em 2010 no Calendário Nacional de Vacinação da criança pelo
Programa Nacional de Imunizações (PNI). Desde então, o número de casos de todos
os tipos de meningite caiu quase três vezes no país, e o de casos do tipo C
caiu quase quatro vezes.
Monkeypox
Durante coletiva à imprensa, Fábio Baccheretti apresentou também o cenário
epidemiológico de monkeypox em Minas Gerais. Até esta quarta-feira (26/10), o
estado registrou 557 casos da doença confirmados por exames laboratoriais.
Outros 1.724 foram descartados e há 342 casos suspeitos.
No estado, foram confirmados três mortes pela doença. Além disso, há também a
suspeita de um quarto óbito por monkeypox, ainda em investigação, de paciente
positivo para a doença.
Segundo o secretário, no momento, a doença está controlada no estado e não se
observa aumento significativo de casos.
“Diagnóstico precoce, isolamento dos suspeitos e acompanhamento dos contatos
próximos tem possibilitado o controle da doença no estado. O trabalho é
realizado de forma compartilhada. O diagnóstico é feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e o controle
da transmissão é realizado pelos municípios. Com isso, observa-se que, no
momento, não há crescimento da doença no estado”, avaliou o secretário.
A doença transmitida pelo vírus monkeypox, que se manifesta principalmente por
meio de lesões na pele, como manchas e feridas abertas, além de outros
sintomas parecidos com os de uma gripe comum, como febre e dor de cabeça.
É considerada uma doença de baixa letalidade, pois a maior parte dos casos
evolui naturalmente para a cura após 21 dias, sem necessidade de internação
hospitalar. O contágio ocorre a partir do contato com pele, sangue, fluidos
corporais e secreções, como saliva e roupas de cama de pessoas infectadas.
Mais informações sobre a doença podem ser acessadas em www.saude.mg.gov.br/monkeypox.
Foto: Fábio Marchetto / Imprensa MG