Prazo para declaração vai até 10/6/2022; produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa
Termina na terça-feira (31/5) a primeira etapa anual de vacinação contra
a febre aftosa em Minas Gerais. São imunizados bovinos e bubalinos de zero a 24
meses. O Instituto Mineiro
de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o responsável
pela fiscalização da campanha junto aos pecuaristas. Nesta etapa, a expectativa
é que sejam imunizados 10 milhões de animais em todo o estado para preservar a
sanidade dos rebanhos e manter o compromisso com o agronegócio mineiro.
O produtor pode comprovar a vacinação dos animais usando o formato eletrônico
de declaração que está disponível no site do IMA ou, caso
tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do Produtor. Uma outra opção é o
envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA responsável pela jurisdição
do município. O documento também pode ser entregue presencialmente.
O prazo para comprovar a vacinação vai até 10/6/2022. Para facilitar a
localização da propriedade, recomenda-se o envio do Cadastramento Ambiental
Rural (CAR) na realização desse procedimento.
O IMA solicita ao produtor que, além de comprovar a vacinação contra a febre
aftosa, declare a imunização de seus animais contra a raiva. A atualização
cadastral do rebanho também é recomendada. Saiba mais aqui.
Ações pontuais e estratégicas
O Governo de Minas, por meio da Seapa
e sua vinculada IMA, realiza ações pontuais para divulgar a campanha em todo o
estado. Dentre os destaques dos materiais, spots publicitários para rádios e
carro de som veiculado em cidades do interior, além de vídeos educativos nas
redes sociais, cujos conteúdos informam prazos, esclarecimentos e instruções
sobre a vacinação.
Devido ao planejamento para melhorar o status sanitário de Minas Gerais,
estratégias técnicas para o fortalecimento do sistema de vigilância são
adotadas. O objetivo é promover ações de detecção precoce e de resposta rápida
a emergências sanitárias.
Há cinco componentes de vigilância para a febre aftosa: as realizadas a partir
de notificações de suspeitas; em propriedades rurais; em eventos agropecuários;
em estabelecimentos de abate; e as para estudos soroepidemiológicos. Esses
diferentes componentes do sistema de vigilância produzem regularmente
informações que ajudam a tomar decisões com base em uma avaliação de risco
precisa, oportuna e objetiva.
O coordenador estadual do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa, o médico
veterinário do IMA Natanael Lamas Dias, reforça a necessidade da vacinação
neste ano para manter a saúde do rebanho e o reconhecimento internacional de
zona livre com vacinação, obtido pelo estado junto à Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE).
“Este status favorece o agronegócio e o acesso a mercados internacionais,
contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto (PIB)
mineiro”, lembra Dias alertando sobre a importância da vacinação correta para
garantir a eficácia na imunização dos animais. “A vacina deve ser adquirida em
estabelecimento da iniciativa privada credenciado para a revenda. Lembrando que
a dose da vacina é de 2 ml. Além disso, a vacina deve ser conservada em
temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, do momento da compra até a vacinação
dos animais. Recomenda-se também programar a aplicação para os horários mais
frescos do dia”.
A doença
A febre aftosa é causada por um vírus altamente contagioso e que pode trazer
prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional. A
doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos
animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma
vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e
entre as unhas.
Evite multas
O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades
Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$
119,25 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor
que não o fizer até 10/6 poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$
23,85 por cabeça.
Minas Gerais rumo à zona livre de febre aftosa sem vacinação
O compromisso dos pecuaristas nas campanhas de vacinação contra a febre aftosa,
aliado às ações em defesa sanitária animal, têm garantido índices de vacinação
dos bovinos e bubalinos superiores a 95% nos últimos anos. Em 2021, Minas
Gerais alcançou índice de 97,5% de cobertura vacinal de bovinos e bubalinos.
Em abril deste ano, em um evento ocorrido na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro,
polo da pecuária bovina do estado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) anunciou a retirada da vacinação contra a febre aftosa a
partir de 2023 para Minas Gerais e outros seis estados que fazem parte do Bloco
IV do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e cumpriram os
requisitos do plano estratégico para a suspensão da imunização.
Além de Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso e Tocantins irão retirar a vacinação em 2023.
O último registro da doença no estado foi em 1996, e sua erradicação ocorreu em
2001 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Desde então, Minas é
reconhecida pelo órgão internacional como zona livre de febre aftosa com
obrigatoriedade de imunização.
O plano estratégico nacional tem como objetivo principal criar e manter
condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa,
ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio
pecuário nacional. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais
Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes
do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com
os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.
Comercialização das vacinas
Em março deste ano, o Mapa anunciou nova estratégia de vacinação contra a febre
aftosa em 2022. Minas Gerais e outros estados se adequam à exigência de
inversão das idades dos animais para garantir oferta do imunizante nos meses de
maio e novembro. Na primeira etapa, em maio, a vacinação é para bovinos e
bubalinos de zero a 24 meses. Já na segunda, confirmada para novembro, serão
imunizados animais de todas as idades.
A comercialização das vacinas contra a febre aftosa é realizada pelos
estabelecimentos autorizados da iniciativa privada. Nesta primeira etapa, Minas
Gerais possui um rebanho de 10 milhões de animais a serem imunizados e há
quantidade de vacina suficiente no estado.
O Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais), os Sindicatos Rurais e a Emater-MG, em parceria com o IMA, orientam os
produtores para que não deixem de imunizar seus animais adquirindo a vacina em
diversos pontos de venda disponíveis em Minas Gerais. Caso tenha dificuldades
em adquirir a vacina em sua região, o produtor deve recorrer a municípios
próximos e, para esclarecer quaisquer dúvidas, os escritórios do IMA estão à
disposição. Clique aqui para ver os
endereços.
Fonte: Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) (31) 3915-8707 | acs@ima.mg.gov.br
Foto: Canal Rural
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