Instituição será responsável pela contratação do projeto executivo da obra, que deverá gerar mais de 15 mil empregos diretos
No último sábado, 28 de agosto, foi lançado oficialmente o Projeto de Derivação do Rio São Francisco para o Rio Picão, que prevê a irrigação de até 15 mil hectares em Bom Despacho, com o intuito de inserir o município e a região no mapa agrícola nacional. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, participou da solenidade, que também contou com as presenças do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli e do prefeito de Bom Despacho, Bertolino da Costa Neto, entre outras lideranças.
A iniciativa integra o programa “Bom Despacho Livre para Crescer”, realizado em parceria com o Sebrae, que será responsável pela contratação do projeto executivo da obra. “Este é um ato de empreendedorismo em que todos ganham: a população, o estado e o Brasil”, afirmou Carlos Melles.
Idealizado por Alysson Paulinelli, o projeto consiste na captação de água em um determinado ponto do rio São Francisco e seu bombeamento e despejo em um lago construído na cabeceira do rio Picão, que regulará sua vazão.
O recurso hídrico será utilizado na produção de grãos e hortifrútis às margens do rio Picão. Segundo estimativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o projeto deve gerar aproximadamente 15 mil empregos diretos e assegurar o abastecimento de água em Bom Despacho por no mínimo mais 30 anos, com o objetivo de solucionar uma crise hídrica que ameaçava o município. As obras devem ser iniciadas em 2022 e têm duração prevista de 24 meses.
Segundo Bertolino Neto, os produtores colhem, atualmente, uma safra por ano e, com a implantação do projeto, será possível mais do que dobrar a produção atual. “A produtividade vai aumentar muito, impactando positivamente tanto a renda no campo quanto na cidade”, prevê.
Mais barato para o consumidor final
A partir desta iniciativa, cerca de 12 mil caminhões serão retirados das estradas todos os anos. “Esse projeto vai ampliar a oferta de grãos que atualmente são trazidos de outras regiões para atender a cadeia da proteína animal do estado”, explica a secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini. Isso significa que os custos com combustíveis e fretes, que são repassados aos consumidores, poderão ser reduzidos, outro ganho derivado da implantação do projeto.
Fonte: Ana Gabriella anagabriella@prefacio.com.br