Governador e secretários ouviram as demandas e debateram as ações adotadas na onda roxa do plano Minas Consciente
O governador Romeu Zema se reuniu, na tarde desta
segunda-feira (29/3), com representantes do setor produtivo de diversas regiões
do estado. O objetivo do encontro, realizado de forma virtual, foi ouvir as
demandas de associações e federações comerciais e debater as ações adotadas
pelo governo na onda roxa do plano Minas Consciente, cujo objetivo é conter o
avanço da pandemia do coronavírus no estado.
Zema ressaltou que a atual situação da pandemia é difícil, com o aumento do
número de casos e óbitos pela doença em Minas Gerais, e que as medidas mais
restritivas, neste momento, são necessárias para que o sistema público de saúde
consiga atender os mineiros.
“Queremos deixar claro aqui a nossa disposição ao diálogo. Tenho, por diversas
vezes, encontrado com os representantes do setor produtivo. Estas medidas mais
extremas da onda roxa só vieram a acontecer um ano após o início da pandemia e
entraram em vigor como última alternativa para que tenhamos condições de salvar
vidas nos hospitais”, afirmou Romeu Zema.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, os
resultados destas ações, juntamente com o avanço do processo de vacinação, vão
possibilitar a diminuição das restrições o quanto antes. O secretário também
detalhou a situação do sistema de saúde estadual e o esforço do governo em
reforçar o atendimento à população.
Após um ano do início da pandemia, o Governo do Estado mais do que dobrou a
capacidade de atendimento, passando de dez mil leitos de enfermaria para 20,9
mil e de cerca de dois mil leitos de UTI para 4,4 mil.
“A onda roxa em todo o estado foi necessária pela primeira vez devido ao
colapso do nosso sistema, onde não conseguimos mais movimentar os pacientes
entre as regiões. Atualmente, temos mais de 800 pessoas na fila por uma vaga de
UTI”, afirmou Baccheretti, ressaltando a necessidade das medidas mais
restritivas.
Diálogo
O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio,
destacou a importância da contribuição dos setores na construção e
acompanhamento das medidas implementadas pelo governo. “Estamos sempre
recebendo as demandas das entidades e pedimos que elas continuem contribuindo.
Estamos trabalhando em uma série de medidas de desburocratização para que a
gente tenha o melhor ambiente de negócios do país e a nossa retomada econômica
seja mais rápida”, afirmou Passalio.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais
(FDCL/MG), Frank Sinatra, apresentou alguns dos pleitos dos diferentes setores
produtivos ao governador. “Temos acompanhado a angústia de cada presidente de
entidade que representa a nossa classe, vendo as dores que estão sentindo em
seus municípios. Agradecemos ao governador por ter aceitado a reunião”, disse.
Medidas
Na última quinta-feira (18/3), o governador anunciou medidas de socorro
econômico a comerciantes e empresários. Entre elas estão a possibilidade de
parcelamento de débitos junto à Cemig e à Copasa e a ajuda às empresas via
Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Alguns pontos estão em negociação e aguardam aprovação de outros órgãos, como a
postergação do pagamento do Simples, em análise pelo Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), e a proposta de regularização de dívidas de ICMS,
o Refis, em análise pela Assembleia Legislativa de Minas.
Crédito (foto): Gil Leonardi / Imprensa MG