Na reunião de Plenário desta quinta-feira (25), os deputados observaram minuto de silêncio pelas vítimas da doença.
A preocupação com os impactos da pandemia de Covid-19 em diferentes áreas – sistema prisional, atividade legislativa e, especialmente, na saúde – marcou os pronunciamentos desta quinta-feira (25/3/21), na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os deputados também observaram um minuto de silêncio em memória das mais de 300 mil pessoas que morreram no Brasil, vitimadas pela doença.
A deputada Andréia de Jesus (Psol) exigiu dos governos federal e estadual uma postura diferente no combate à pandemia. “Precisamos de uma resposta para esse quadro em que um grande número de pessoas está desolado, sem emprego, passando fome”, clamou.
A deputada relatou visita ao Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), onde 16 gestantes, muitas sem condenação, estão com Covid-19. “Com filhos no colo ou prestes a dar à luz, essas mulheres não têm atendimento médico e estão dividindo o mesmo espaço com outras detentas não contaminadas”, denunciou. Andréia de Jesus também exigiu que o governo garanta vacinas para as policiais penais que atuam na unidade.
O deputado Virgílio Guimarães (PT) reivindicou da Mesa da Assembleia a volta do funcionamento, ainda que em caráter remoto, das comissões. Membro da Comissão de Participação Popular, o parlamentar avaliou que ela poderá ter atuação relevante na análise do acordo firmado entre Governo do Estado e Vale para compensar danos do rompimento da barragem em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte).
“O acordo não é imexível e deve, no mínimo, passar por uma discussão. A Comissão de Participação Popular é que deve atuar nesse aspecto, fazendo reuniões técnicas, visitas, mas sempre atendendo aos protocolos da onda roxa”, reforçou. Na avaliação de Virgílio Guimarães, a Assembleia deveria ter o poder de redefinir algumas prioridades do acordo. “Não sei se o Anel Rodoviário de BH seria uma prioridade. Por que não incluir a extensão do metrô até Betim, por exemplo?”, questionou.
Deputados do Norte de Minas trazem demandas da região
Os deputados Zé Reis (Pode) e Arlen Santiago (PTB), ambos do Norte de Minas, apresentaram demandas da região. Zé Reis ponderou que a segunda onda da Covid-19 trouxe maior impacto na saúde e na economia, em localidades que já tinham uma circulação limitada de dinheiro. Ressaltando que a vacina é a única alternativa, ele solicitou a tramitação de proposições voltadas exclusivamente para os efeitos da pandemia.
Arlen Santiago cobrou a estruturação de hospitais da região Norte para o combate ao coronavírus neste momento de recrudescimento do número de contágios. No seu entender, as restrições impostas pela onda roxa do Plano Minas Consciente foram necessárias, em parte, por causa da imperícia do ex-secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, na condução da crise sanitária.
Segundo o deputado, faltam equipamentos como carrinhos de anestesia e tomógrafos em unidades de municípios como Brasília de Minas, Janaúba, Salinas, Urucuia e Unaí, este último, na região Noroeste.
Infraestrutura – Os dois parlamentares também elogiaram o governador Romeu Zema por realizações do governo apesar das limitações financeiras do Estado. Zé Reis destacou o anúncio de obras da Rodovia MG-402, para interligar o Norte de Minas a Brasília (DF), e a elaboração de projeto para a construção de ponte no Rio São Francisco, na cidade homônima do Norte do Estado.
Arlen Santiago alertou, no entanto, para a necessidade de manutenção de critérios técnicos na indicação de gestores que atuam em cargos estratégicos.