Empresário conta quais medidas tomou para não dispensar colaboradores
Diante da pandemia do coronavírus muitas empresas –
principalmente as pequenas e médias – estão enfrentando muitas dificuldades
financeiras. Algumas exportações foram interrompidas, shoppings estão fechados,
as viagens foram canceladas e comércios de outros segmentos também foram
obrigados a baixar as portas por algum tempo, afetando empresas de diversos
ramos.
Em uma situação como essa, sem poder manter as atividades por questões de saúde
pública, muitos estão preocupados com o risco de demissão. A taxa de desemprego
divulgada antes da pandemia era de 11,8% e provavelmente esse índice pode
aumentar nos próximos meses. Algumas empresas já começaram a demitir
funcionários por conta da crise, mas outras ainda estão procurando alternativas
para passar por esta crise sem precisar dispensar seus trabalhadores.
“Estamos fazendo o máximo de esforços para não demitir ninguém, parte dos
colaboradores entraram de férias, principalmente os que fazem parte do
operacional, pois são pessoas que trabalham a maior parte do tempo nas ruas e
estão expostos aos riscos de contaminação. Também foi implantada uma escala de
trabalho com funcionários da área administrativa e a parte corporativa e todos
aqueles que podem realizar seu trabalho em casa estão em home office”, explica
Guy Peixoto Neto, mentor de empreendedorismo jovem e fundador da Operalog
Logística, empresa onde estas providências foram tomadas.
O governo apontou algumas medidas que podem ajudar empresas a evitar demissões
e até mesmo uma possível falência, foram anunciados R$51 bilhões para
complementação salarial, caso a empresa reduza o salário e a jornada de
trabalho dos funcionários e R$40 bilhões de crédito para financiamento da folha
de pagamento.
Mesmo com as determinações adotadas pelo governo, Guy aconselha que os
empresários façam redução de custos em seus negócios: “Aqui reduzimos o
máximo de viagens por agora e estamos com o plano de não viajar até o final do
ano. Com isso, reduzimos custos com passagem, hospedagem, locação de veículos,
entre outros”.
O empresário também conta que colocou em prática algumas mudanças que o governo
está permitindo temporariamente, como adiar o pagamento do FGTS de abril, março
e junho e pagar um terço das férias junto com o décimo terceiro.
“Também estamos em contato com os bancos para não pagarmos os
financiamentos pelos próximos seis meses e assim ganhar um pouco de fôlego de
caixa agora”, explica o empreendedor.
Para quem é microempreendedor individual cadastrado no Simples Nacional, além
do auxílio de R$ 600 anunciado, o pagamento da taxa mensal do MEI dos meses de
março, abril e maio foram adiados para outubro, novembro e dezembro,
respectivamente. A medida pode ajudar pequenos empresários autônomos neste
momento de crise.
Sobre Guy Peixoto Neto
Guy Peixoto Neto é mentor de empreendedorismo e empreendedor com
experiência em criação, expansão e reestruturação de empresas. Fundou a
Operalog Logística aos 22 anos de idade, e também é fundador da startup Saly,
plataforma de automatização dos processos de compras. Atualmente dedica-se ao
seu novo projeto, a GPX – uma plataforma de conteúdo voltada para quem quer se
transformar em empreendedor e também para quem já é e quer continuar evoluindo.
Fonte: Mariana Mimoso
mariana.mimoso@digitaltrix.com.br – enviosrp.com