Projeto desenvolvido em parceria com EMBRAPII garante qualidade na torra de cafés especiais de forma econômica e versátil para uso doméstico
O café segue sendo protagonista no cardápio de bebidas do brasileiro. Uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC) revelou que o consumo no Brasil representa 13% do que é bebido de café em todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Pensando nesta preferência e em soluções práticas para quem aprecia e trabalha neste segmento, a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) investiu no projeto da empresa Carmomaq para o desenvolvimento de um torrador com o padrão de qualidade das máquinas industriais, de fácil manuseio, com baixo custo energético e financeiro para ser utilizado em casas ou cafeterias.
O projeto foi viabilizado pelo Polo Agroindústria do Café, do Instituto Federal Sul de Minas, Unidade EMBRAPII. Atualmente, muitos dos torradores que existem no mercado são grandes máquinas a gás que operam em alta potência gerando gasto elevado, além da necessidade de profissionais capacitados para fazer as torras. Com o novo projeto, será possível atingir os níveis de exatidão de temperatura e fluxo de ar, essenciais para torra de cafés especiais, mas com baixo consumo elétrico e de fácil utilização.
O torrador, que também pode ser usado para outros tipos de grãos, como amendoim e castanha, está sendo patenteado e, assim que concluído o processo, estará disponível para comercialização.
Segundo Leandro Carlos Paiva, diretor do Polo Agroindústria do Café do IF Sul de Minas, a novidade vai possibilitar que o amante do bom café o prepare usando o grão fresco, recém-torrado. “O Polo Agroindústria do Café junto com a EMBRAPII tem viabilizado, não somente as necessidades internas das indústrias, mas criando novos equipamentos para um setor historicamente importante para o Brasil e que ainda tem muitos de seus equipamentos antigos e sem a tecnologia do momento. Queremos mudar isso”, afirma.
Modelo de investimento EMBRAPII
As empresas que possuem um projeto avaliado como inovador devem se associar a uma das 42 Unidades EMBRAPII existentes no país, tais como centros de pesquisas e institutos federais, por exemplo. Caso aprovados, após avaliação técnica, os gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A EMBRAPII fica responsável por um até um terço do investimento, o restante é dividido entre a Unidade, que disponibiliza mão de obra e equipamentos, e a empresa demandante.
“As parcerias entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa brasileiros, com certeza, podem contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional e para aumentar a produtividade dos seus negócios. Ao aproximar empresas e instituições de pesquisas, a EMBRAPII tem permitido que o país inove e que os processos tenham a celeridade e flexibilidade exigidas pelo mercado”, conclui o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Almeida Guimarães.
Fonte: Douglas Martins douglas.martins@ateliercom.com.br – conteudocomunicacao.com