Mococa:– Na manhã desta quarta-feira (14) foi realizado no “ESF Humberto Cunali”, no bairro da Santa Clara, uma palestra sobre um assunto muito importante, mas que é pouco discutido: Amamentação e Odontologia. Evento que integra as atividades do Agosto Dourado de Mococa, que tem como objetivo incentivar a amamentação. A apresentação, voltada para gestantes, foi administrada pela Dra. Maria Guidorizzi Prinholato, do Departamento de Odontologia Preventiva de Mococa; Dra. Claudia Morra Vilela, da Ortodontia Preventiva da Prefeitura; Dra. Marcela Pereto, Odontopediatra e Voluntária; e Dr. Francisco Pereira Lima, Dentista.
Devido ao seu papel fundamental no desenvolvimento da criança (“Alimento de Ouro”) a OMS – Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, orientam que as mães alimentem seus filhos, no mínimo, até o sexto mês de vida somente com o leite materno. Não precisa nem de água. Apenas o aleitamento previne doenças, reduz a mortalidade infantil e fortalece o sistema imunológico das crianças, além de ser responsável pelo desenvolvimento das estruturas da face. No bate-papo, conceitos, benefícios e exemplos práticos foram discutidos.
A Dra. Claudia Vilela explica que é importante que o bebê tenha contato com o peito, no mínimo, até os 6 meses. “É muito importante, pois aumenta o vínculo entre mãe e filho. A amamentação natural estimula o crescimento da face, exercita os 7 músculos e maxilares. É uma ginástica”.
O processo natural evita a necessidade de colocação de aparelho ortodônticos, mordias cruzadas e atresia maxiliar, uma vez que ele prepara o recém nascido para a mastigação de alimentos duros que por sua vez dará continuidade ao desenvolvimento orofacial o que vai possibilitar futuramente espaço para erupção dos dentes permanentes.
Durante a ação de amamentação, chamado de “Ordenha”, também é trabalhado o sistema estomatognático: respiração, mastigação, deglutição e fala, desenvolvida ao estimular o posicionamento correto da língua.
As profissionais explicaram que na mamadeira se ocorre o inverso. Nela, ele é induzido a um posicionamento incorreto da língua para não se engasgas e o fluxo de leite é maior e a criança não tem o controle, o que pode ocasionar sérios riscos. Já no peito, o fluxo é lento, controlado pelo bebê e mais seguro.
Estiveram presentes no evento profissionais da saúde, assessores e convidados.