Financiamentos estimularam abertura de mais de 12 mil empregos e adicionaram R$ 538 milhões à economia do estado; planejamento prevê nova arquitetura de negócios
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) registrou no primeiro semestre de 2019 um desembolso de R$ 550,2 milhões, alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de clientes atendidos pelo banco foi de 2.762, alta de 15% em relação ao primeiro semestre de 2018. Ao final do período, o saldo total de crédito ficou em R$ 5,9 bilhões, com 21 mil clientes em carteira.
Com base na metodologia Insumo-Produto (Fundação João Pinheiro), estima-se que a atuação do BDMG, no primeiro semestre de 2019, tenha estimulado a abertura de 12.398 novos empregos e adicionado R$ 538 milhões à produção mineira, além da geração de R$ 23 milhões de ICMS. “Mesmo em um cenário econômico complexo, o BDMG tem cumprido sua função indutora do desenvolvimento do estado, gerando impacto social. Reforçamos nossa atuação nos setores tradicionais da economia e, ao mesmo tempo, passamos a olhar com maior vigor novos negócios na cadeia de sustentabilidade e inovação, por exemplo”, explica o presidente do Banco, Sergio Gusmão. O banco fechou o semestre presente em 86% dos municípios mineiros.
Do total desembolsado, R$ 254 milhões (46%) foram originados de recursos próprios. Outros R$ 285 milhões (52%) foram liberados por meio de repasses de linhas de parceiros. Os R$ 11,2 milhões restantes (2%) tiveram origem em fundos.
O setor de Comércio e Serviços foi o destino da maior parte do desembolso do BDMG nos seis primeiros meses de 2019, com R$ 234 milhões (43%). A Indústria da Transformação foi o segundo maior destino de recursos, com um desembolso de R$ 195,2 milhões (34%), seguido pelo de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com R$ 64 milhões (12%).
Destaques
No primeiro semestre de 2019, foram desembolsados em projetos de energia solar fotovoltaica R$ 11,4 milhões em 32 operações nas linhas BDMG Solar Fotovoltaico, BDMG Sustentabilidade, Finame Fundo Clima e Fungetur. Juntas, as iniciativas têm capacidade de geração estimada em 17 GWh/ano de energia solar.
Na atuação junto aos municípios, de janeiro a junho deste ano, o BDMG desembolsou R$ 58 milhões, 8% a mais do que no mesmo período do ano passado. Somente em projetos de saneamento (que incluem tratamento de esgoto e de resíduos sólidos e tratamento e distribuição de água) foram liberados R$ 3,7 milhões.
Para micro e pequenas empresas, a plataforma BDMG Digital avalia e concede crédito on-line e por uma rede de correspondentes bancários. A partir da ferramenta, o desembolso no primeiro semestre de 2019 foi de R$ 86,1 milhões, 14% a mais do que o mesmo período de 2018. Além disso, foram mais de 300 mil acessos ao BDMG Digital, mais do que o dobro se comparado aos seis primeiros meses de 2018.
Nas linhas destinadas para o setor de inovação, em parceria com instituições como Fapemig, BNDES e Finep, foram desembolsados R$ 25 milhões (alta de 25,6% sobre o primeiro semestre de 2018) para 11 projetos no primeiro semestre de 2019. No mesmo período, foram aportados outros R$ 2,9 milhões em Fundos de Participação Indireta. Além disso, as 15 empresas do Hubble – hub multisetorial sediado desde janeiro no BDMG (parceria com a LM Ventures e Olé Consignado) e destinado a startups de tecnologia – faturaram R$ 4 milhões nos seis primeiros meses.
Para a cadeia do agronegócio, que ocupa lugar de destaque na economia mineira, o desembolso do BDMG foi de R$ 254,2 milhões nos seis primeiros meses de 2019, 51% de acréscimo em relação ao mesmo período de 2018. Um dos destaques foi o desembolso do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – o Funcafé, que chegou a 99,6% de utilização do limite autorizado para o ano/safra 2018/2019, encerrado em 30 de junho. Para o ano/safra 2019/2020 estão disponíveis R$ 255 milhões.
Por fim, o BDMG também fez importantes desembolsos para empresas da cadeia do turismo em 2019. De janeiro a junho, foram liberados R$ 10,4 milhões por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), que passou a ser operado pelo banco em 2018.
Focos de Negócio
Para 2019, o BDMG manterá sua atuação voltada ao agronegócio, aos municípios, à inovação, à sustentabilidade e às micro e pequenas empresas. Neste contexto, quatro temas se apresentam em destaque para serem trabalhados durante o ano: MPE Digital, Atuação Sustentável, Cidades e Cidades Mineradoras (vide detalhamento ao final).
“Temos um papel importante na diversificação da matriz econômica de Minas. Hoje, há uma oferta de crédito no mundo para projetos relacionados à sustentabilidade e inovação, por exemplo. Temos que preparar o banco para catalisar mais oportunidades”,afirma o presidente Sergio Gusmão.Nesse sentido,o planejamento do banco está em estreita consonância com a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pelo Brasil e países membros da ONU.
OS 4 TEMAS EM DESTAQUE PARA 2019
– MPE Digital, com o objetivo de escalar a atuação digital do BDMG com as micro e pequenas empresas, provendo acesso ao crédito de forma ampla em condições vantajosas e acesso facilitado;
– Atuação Sustentável, que busca escalar a atuação do BDMG em projetos de energia renovável solar, eficiência energética, PCHs e biomassa, integrando captação de recursos e aplicação;
– Cidades, visando adequar o modelo de atuação para atendimento das diferentes necessidades das cidades mineiras, com adequação de modelo de negócios processos e sistemas;
– Cidades mineradoras, que objetiva fomentar a promoção de intercâmbio entre agentes privados e públicos na construção de soluções que estimulem a diversificação econômica e a recuperação socioeconômica e ambiental de cidades dependentes da mineração.
Legenda (foto): Presidente do BDMG, Sergio GusmãoCrédito (foto): João Pedro Viegas/BDMG
