Para ganhar mais competitividade e aprimorar a gestão na propriedade, a FEMAGRI apresenta aos produtores de café tecnologias que atendem desde ao pequeno até ao grande cafeicultor.
Um exemplo são os tradicionais pulverizadores costais que agora trazem tecnologia acoplada à bomba e que otimiza a aplicação dos produtos. Segundo Eduardo Rene, engenheiro agrônomo da Cooxupé, essas e outras ferramentas são acessíveis aos menores produtores, mesmo àqueles que ainda lidam com o sistema manual de colheita.
Ainda para eles, as derriçadeiras são as queridinhas. Elas já estão no mercado há mais de uma década, mas a cada ano apresentam novidades, como uma máquina lançada em novembro que separa o grão vermelho do verde na hora da colheita. O supervisor de marketing de uma fabricante, Bruno Gavassi, destacou a intensa procura pelo produto durante a feira. “Já no segundo dia de evento nosso volume de negócios era 30% maior em comparação com todos os dias de feira do ano passado”, disse.
Outro item que chamou a atenção dos cooperados foram as motos adaptadas. Elas são ideais para lavouras de solo acidentado ou onde outros veículos têm dificuldades de acesso. As motos são adaptadas com pulverizadores turbinados, adubadeiras, carretas, rodos, entre outros itens que facilitam todo processo da produção cafeeira. No mercado há dez anos, o proprietário da empresa destas motocicletas disse que até os grandes produtores têm se interessado por esse tipo de veículo.
“Ele foi pensado mesmo para o pequeno e médio produtor, mas a procura tem sido enorme entre todos os tipos de cafeicultores”, afirmou Antônio César Gonçalves. O empresário faz questão de reforçar que as motos adaptadas chamam tanta a atenção porque tem ótimo custo benefício, agilidade e baixa manutenção.
A tecnologia também é indispensável para os grandes produtores, considera Eduardo Rene. E na FEMAGRI há também produtos para as necessidades deles. “Quando o sistema já é todo mecanizado, a situação muda de figura. O produtor precisa de um trator, por exemplo, mas sozinho ele não serve pra nada. Por isso há necessidade de investir em implementos tecnológicos como roçadeiras, pulverizadores, aplicador de herbicida, adubadora, trincha, arroadores, varredores e colhedoras entre outros itens”, explica o engenheiro agrônomo da Cooxupé. Ainda segundo Eduardo, vem aí uma mudança que vai exigir ainda mais tecnologia ao homem do campo. Os fertilizantes ensacados que atualmente são vendidos em quantidades de 50 quilos, passarão a ser disponibilizados apenas em big bags com capacidades que variam de 500 a 1000 quilos. “O produtor vai precisar de novos equipamentos para a movimentação de bags, como guinchos que serão indispensáveis no momento desta mudança. Trata-se de uma lei trabalhista que visa a segurança do trabalhador, então os produtores de café precisarão estar preparados para esta nova realidade dos fertilizantes”, explica Rene.